Inter Vence o Verdão

Inter vence o Verdão

18 de maio de 2009 | N° 15973AlertaVoltar para a edição de hoje

BRASILEIRÃO

Tem alegria na área

Metade dos refletores já estava apagada e a Brigada Militar forçava a saída dos últimos torcedores das arquibancadas do Beira-Rio. Mas D’Alessandro seguia em campo, uniformizado. Concedia entrevistas em frente ao túnel do vestiário sem nenhuma pressa. Sorria fácil. Não era para menos. Depois de duas atuações apagadas, ele e o amigo Taison foram os destaques da vitória de 2 a 0 sobre o Palmeiras.

A reabilitação veio de formas diferentes. A de Taison começou ainda na véspera, no Hotel Millenium Flat, concentração do Inter na Capital. À noite, o técnico Tite chamou o atacante para conversa reservada. Discutiu orientações táticas e questões sobre a postura em campo. Pediu para que Taison voltasse mais para buscar a bola no meio campo. Porém, o mais importante, pediu para que sorrisse de novo. Aconselhou a evitar lamentações quando errasse. Ele foi um dos quatro titulares a começar contra o Palmeiras.
Logo aos dois minutos Taison provou que tinha entendido a mensagem. Em rápido contra-ataque iniciado por Sandro, o atacante usou a velocidade e, não fosse pela antecipação de Marcos, colocaria Alecsandro livre na área. No lance do primeiro gol, de Danny, Taison aplicou um drible desconcertante em Pierre antes de cruzar para o zagueiro. Já na saída para o intervalo, revelou o encontro com Tite e afirmou, usando a terceira pessoa:
– O professor falou para eu jogar com alegria. Foi o que o Taison fez.
D’Alessandro não precisou de conversa. O carinho da torcida ao voltar para jogar em casa o inspirou. Se livrou com naturalidade dos marcadores e ainda marcou gol aos 48 minutos do segundo tempo. O argentino estava faceiro. Tanto que nem reagiu quando alguém chegou, pelas suas costas, e colocou o fone nos seus ouvidos. Em seguida, estava em rede nacional com Milton Neves, no Terceiro Tempo.
Sobre as críticas pelas duas últimas atuações, evitou polêmica. Avisou que atuações ruins acontecerão e brincou, ao dizer que não será na quarta-feira:
– No Rio, o Flamengo veio para cima, marcou na frente, no nosso campo. Aqui será diferente. Tentarei fugir da marcação. O Inter é forte em casa.
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GUILHERME FISTER

Fonte: Zero Hora